por Delano Mothé.
A alegria é líquida,
escorre entre os dedos:
água reluzente
que trilha tangente
aos sonhos da gente.
É a que fica por último
no esconde-esconde da vida,
é a que mal se alcança
neste pega-pega, perdida.
Se dá o ar da graça,
desenfreada torrente
desemboca ingente,
e, como veio, parte.
De fugidia natureza,
se solidifica no súbito,
já se liquefaz novamente,
passando rente
ao contato da lente.
Felicidade é fé lícita,
propósito além,
foz infinita…
caudal permanente
que flui bendita
e traz da latência
à plenipotência
o anjo-flor que dormita
na Divina Semente,
impulso imanente,
em cada ser senciente.
(Poema composto originalmente em 13 de fevereiro de 1998, com substanciais adaptações e aprimoramentos conceituais, em 8 de março de 2011, propiciados pela misericordiosa inspiração dos Mentores Espirituais de nossa Escola Espiritual-Cristã de Sabedoria e Felicidade. Nossa eterna gratidão àquele que nos abre as Portas Celestiais, nosso Professor encarnado Benjamin de Aguiar, por seu perseverante ministério de amor e serviço ao Bem comum.)